domingo, 20 de maio de 2012

Elizebeth Bathory


A condessa de sangue


Suposições para o mito vampírico podem ser encontradas historicamente, extrapoladas por fatos extraordinários. Como o caso da "Condessa de Sangue".
Os modos da Condessa húngara do século XVI chamada Elizebeth Bathory poderiam rivalizar com as histórias de terror de qualquer país. Seus crimes eram malignos além da descrição, e às vezes ela parecia mais insana que o próprio diabo. Quando estava fazendo pesquisa para seu livro sobre vampiros, Bram Stoker encontrou um livro chamado "O livro dos Lobisomens" do Reverendo Sabine Baring-Gould. (autores Raymond McNally e Radu Florescu sugerem que o verdadeiro Dracula - sim, existiu um - pode ser relacionado à Bathory e o lado húngaro de sua família). Nesse trabalho foi descrito os modos sinistros da chamada Condessa de Sangue. E parece que essa estória, entre outras coisas, deu inspiração à Stoker para sua visão do Conde Dracula. E é fato que o primo de Elizebeth, Stephen Bathory, seria proclamado príncipe na Transylvania.

Elizebeth era uma mulher bem-educada e esperta, mas possuía um vestígio de crueldade. Aparentemente temendo por sua mortalidade após a morte do marido, ela tornou-se sádica com seus criados e eventualmente buscava se não por longevidade, então ao menos pela eterna juventude de sua pele, banhando-se em sangue. Elizebeth aprendeu a arte da tortura com seu marido, um soldado acostumado a brutalizar os turcos prisioneiros de guerra. Bathory assassinou muitas mulheres, algumas vezes ajudada em seus métodos brutais por seus escravos (não muito diferente do Dracula ficcional, que comandava seus próprios servos para fazerem o trabalho sujo). Bathory espancava suas vítimas e as mutilava também. Ela também congelava mulheres nas neves de inverno perto de seu castelo, chamado Csejthe, derramando água gelada nelas. Aconteciam também atos de canibalismo, como uma vez em que a Condessa mordeu várias vezes uma serva ainda viva. Também há relatos de que a Condessa literalmente se banhava em sangue de garotas virgens na esperança de permanecer sempre jovem. (Ainda que, ao menos uma das fontes diz que os tais "banhos de
sangue" são mais ficção que realidade.) Mesmo assim, está muito claro que a Condessa húngara Elizebeth Bathory realmente existiu e que ela também cometeu tais crimes. Outra fonte diz que ela bebeu o sangue de 650 garotas, que também foram assassinadas.
  Com a contagem de corpos crescendo, os servos de Bathory jogavam os corpos para fora do castelo. Quando o povo do local encontraram os corpos mortos, exangües, naturalmente eles pensaram em ataques de vampiros. Os rumores se espalharam.
Em 1610 ela foi presa após tentativa de matar garotas de origem nobre; aparentemente ela foi acusada de bruxaria, não de vampirismo "per se". Mas as vítimas foram encontradas em seu castelo, todas elas sem sangue. O servo foi condenado à morte pelas autoridades e Elizebeth foi aprisionada no quarto em seu castelo nos Montes Cárpatos até sua morte, anos depois. As únicas evidências reais das atrocidades de Bathory foram recontadas em seus dois julgamentos em 1611 - porém como ela nunca foi liberada para aparecer pessoalmente na corte, apenas seu
servo apareceu. Então, muitos mitos à respeito dela continuaram a aparecer. Mesmo hoje em dia, tem quem diz que pode-se ver o fantasma dela em sua terra natal, nos Cárpatos, vagueando pela noite... em busca de sangue! A estória de Elizebeth Bathory demonstra como o mito do vampiro pode ser aumentado pela má interpretação das ações da vida real e de comportamento criminoso alimentado pela ignorância dos crentes.




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